sábado, 4 de dezembro de 2010

Casamento


Nada de conter desejos ou se privar de nada, pelo contrário, casamento é escolher alguém que se ama demais de modo imensurável e recíproco. A palavra é essa, escolha. Desejos vão existir, isso é ser humano. O que muda são as escolhas. Nada nem ninguém é perfeito e casamento é pra quem percebeu isso e ainda assim optou por ficar junto.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Natália

Natália não gostava de rotinas, caminhava todos os dias por caminhos diferentes, comia em lugares diversos, lia um capítulo por dia, mas nunca do mesmo livro. Se enjoava rapidamente das coisas, do corte de cabelo, do batom, dos sapatos. As roupas eram quase descartáveis, as músicas só eram bonitas quando ouvidas pela primeira vez. Tudo que era novidade tinha seu gostinho de quero mais... Só uma coisa Natália não mudava, de amores. Certo dia tentou provar outros beijos, outros abraços, outros carinhos. Percebeu que não tinha excessões e que amores podiam ser mutáveis!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

O egoísmo tomou conta de mim!


Hoje eu não quero dividir nem dores, nem amores, nem meu leite com café. Quero ficar sozinha, pensar, caminhar, ver um filme, dormir sozinha. Não quero saber dos problemas de ninguém, não tô a fim de dividir nem alegrias. Quero tudo pra mim, meus amigos pra mim, meus amores e ex-amores, minha família, tudo meu, mas não hoje. Hoje não vou ver ninguém, não vou pensar em ninguém, quero cada segundo do meu tempo pra mim mesma. Quem foi que disse que egoísmo é feio? Pecado? É a hipocrisia que leva ao inferno. Eu preciso ser egoísta de vez em quando. Preciso saber que não sei de nada, que sou cheia de dúvidas, mas pra saber disso, eu sempre preciso de silêncio, não um qualquer, um profundo, egoísta, egocêntrico, só meu. Preciso desse tempo pra perceber o falso egoísmo (popular invejinha) dos outros, dos que vão tomando até nossos sorrisos, copiando inclusive nossos defeitos, dos que não sabem sequer arranjar problemas que lhes sejam próprios, tomam os da gente também.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Podre não, madura!


Mulheres com mais de 30 anos, ainda dá tempo, digam não à inércia

Adriana se olha no espelho e não sabe o que fazer, mais um dia se passou e ela continua se sentindo simplesmente fracassada. Não consegue responder as perguntas que faz para si mesma: Quando vou ser promovida? E o meu príncipe do cavalo branco que não chegou? Esse carro tem conserto? Casamento? Filhos? Dinheiro? Estabilidade? E os armários da cozinha que não consigo trocar? Não, ela não sabe as respostas e se sente desmontando a casinha da Barbie porque está cansada de brincar. Malditos contos de fada que lhe contaram. No peito, um ódio mortal por ter acreditado nos filmes, nas novelas, nas histórias, nas músicas. Com 35 anos de idade tudo o que sonhou durante a vida parece estar no topo do Everest a -70º, sem falar nas fendas no glaciar que existem pelo caminho, uma pisada em falso e ela cai num buraco imenso, que podem lhe causar a morte. Aliás, talvez fosse mesmo a melhor opção.

A sociedade que se julga espelho de sucesso não precisa ser levada tão a sério.
Felicidade deve ir além de podres padrões pré-estabelecidos. É claro que os contos de fada não existem, mas cada um tem o direito e principalmente o dever de criar a própria história, num contexto individual, de forma singular. Afinal de contas, pra quê a medicina avança tanto? Pra que mulheres com 30 possam ter filhos ora bolas. A média de vida aumentou, as exigências também, o ensino médio já não lhe garante nada, absolutamente nada. Ainda dá tempo de estudar, fazer pós, mestrado, doutorado, cursos, viagens e tudo o mais que desejar e mostrar que não, você não é uma fruta podre para ser jogada no lixo, mas madura ao ponto de ser levemente saboreada.

Tô de ressaca!


Me embriaguei de pessoas e fiquei de ressaca, mas não qualquer uma, forte, com R maiúsculo, daquelas que embrulham o estômago e não dão vontade de fazer nada durante todo o dia. Fiquei com nojo por intantes que pareceram infinitos dias. Nojo de pessoas que amei tanto, mas que às vezes não reconheço, ou pior, agora conheço. Parei com calma, senti embrulho no estômago por uma pessoa de cada vez, porque juntas, eu não suportaria, era raiva demais. Me olhei no espelho e me vi tão parecida com algumas delas, senti nojo de mim por dois filmes e um banho de chuveiro quente. Daí me cansei, não era o tipo de sentimento que vale a pena por muito tempo. Apenas necessário vez ou outra...

terça-feira, 14 de outubro de 2008

A gota d' água


Em lugares não muito distantes,
Existem terras muito secas.
Pessoas caminham pelo deserto.
Milhões de corações estão destruídos, e lares estão acabados,
Existe também muita violência e gente abandonada.
Seus sonhos foram destruídos e fizeram dos olhos uma espécie de espelhos virados para dentro.
Olhando-se já não vêem a própria imagem.
Ficaram surdos pelos próprios gritos e mudos pelos gritos alheios, e de tanta solidão acabaram se acostumando.
Na tentativa de se esconderem, usufruíram de estranhas máscaras que aos poucos se confundiram com a verdadeira face, e na calada, apareceram os maiores fantasmas; o medo, a insegurança, a ausência da fé e da esperança.
As pessoas já não se conhecem, e se tornaram superficiais demais, um solo seco, uma semente adormecida, mas a chama do Espírito não se apaga e sobe ao céu um pedido de milagre.
Eis que escorre uma lágrima pelas mãos de Deus: a gota d’água.

Catherine Moraes


**Espetáculo de dança Vidas

Teatro Rio Vermelho- Goiânia

Dia 22 de novembro... 19:30 horas

Escorrerá a gota d'água